Existem algumas coisas na vida que quase todo mundo gosta. Na culinária italiana a pizza, no amor o sexo e no futebol o Santos.
Motivos,
explicações e versões, para essas quase unanimidades existem aos
montes. O fato é que, raramente é possível afirmar categoricamente se
uma delas está ou não correta.
No caso do futebol, a justificativa mais comum tem nomes, Gilmar, Pepe, Pelé, Coutinho, Mengálvio, Dorval, Edu, Giovanni e mais recentemente, Diego, Robinho, Ganso e Neymar. Todos representantes genuínos do futebol praticado na cidade portuária. Esses e outros fizeram e fazem deste, não o de maior torcida, mas sem dúvida o time mais querido daqueles que são amantes do verdadeiro futebol.
Foi
pelo porto de Santos, que a primeira bola de futebol, trazida por
Charles Miller chegou ao Brasil. Como consequência desse primeiro
contato, 20 anos depois foi fundado em 14 de abril de 1912, data que,
por óbvia coincidência, foi o mesmo dia em que o Titanic, anunciado
como o maior e mais resistente navio da época, afundou provocando uma
das maiores tragédias, ou pelo menos uma das mais lembradas, filmadas e
premiadas da história. Na contramão, o Santos, criado sem tanto alarde,
iniciava a sua história de glórias, gols e arte.
Por
uma conjunção astral, pelos desígnios dos deuses do futebol, ou por
qualquer outra coisa, o raio acaba sempre caindo na vila (é claro que de
lá ainda não surgiu alguém do nível de Pelé, convenhamos, isso é quase
impossível, mas não será Neymar um bom herdeiro dessa história?).
De
lá costumeiramente, surgem semi e deuses imortalizados por nossas
memorias, corações e tentativas falhas, afinal como imitar em nossas
limitações àqueles que alcançam a imortalidade?
Já
que não é fácil a tarefa de chegar ao Olimpo, vamos ficar com a de
relembrar da melhor maneira possível essa trajetória brilhante que
completou ontem junto com o naufrágio anteriormente citado, cem anos.
O
documentário “Santos, 100 anos de Futebol Arte” dirigido por Lina
Chamie e exibido na ESPN Brasil (que foi um dos motivadores para esse
texto), que recomendo, assim como o filme “Pelé Eterno”, do diretor
Anibal Massaini Neto, realizaram bem essa missão.
Espero
ter dado a minha contribuição ao tema, longa vida e sucesso ao Santos
Futebol Clube, que mais raios caiam por lá, quem sabe um deles dá uma
desviada e vem parar por aqui? Seria uma maravilha no contorno.
Vamos torcer!
Iago Sarinho
Trailer "Santos, 100 anos de Futebol Arte"
Trecho do Filme "Pelé Eterno"
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