terça-feira, maio 1

Civilidade - Capítulo 1

Moro em frente a uma via principal, que de seis as oito é exclusiva para os pedestres, o que torna o lugar extremamente agradável, gente de idade e crianças fazendo um bom e saudável exercício matinal.

Para garantir isso, simbolicamente sempre temos cones no inicio e final do trajeto, hoje por ser um feriado, talvez alguém não tenha sido imbuído desta tarefa e por tanto não tínhamos nossos defensores (os cones), mas isso não deveria ser um problema, pois 70, 80, 90 por cento das pessoas que transitam por aqui, nessa hora do dia, são moradores da região e sabem que essa via é reservada para os pedestres nesse horário.

Pois bem, saí de casa para fazer o tradicional passeio matinal com meu amigo Caíque, e me deparei, vejam só, com carros onde deveriam estar pedestres. Por um único motivo: a ausência dos cones. Porém, se a grande  maioria delas sabe que não deveriam estar passando por lá nesse momento de outra maneira a não ser andando, não seriam necessários os CONES.

Vendo isso, iniciei minha caminhada pelas ruas marginais, mas se era meu direito ir pela principal, por oferecer mais conforto e qualidade ao meu passeio, eu não iria e não poderia abdicar disto. Fui para o meu lugar e comecei a gesticular e falar tentando avisar as pessoas, que não deviam estar passando por lá.

Ouvi e vi alguns gestos e palavras não muito agradáveis. De cada 20 automóveis, por exemplo,  uns quatro ou cinco me ouviram e "lembraram" que não podiam estar ali e foram para seus devidos lugares, uns dois ou três que não eram moradores da região pararam achando que estavam na contramão.

Encontrei mais a frente um senhor que sempre esta fazendo esse trajeto acompanhado de duas cadelinhas muito simpáticas que adoram caju (ele colhe a fruta ali mesmo) e mais uma senhora que eu ainda não havia conhecido.

Iniciamos um debate sobre o tema (todos nós irritados com a situação, é claro) e chegamos a grande questão, o que fazer para resolver o problema? concluímos que o motivo para o acontecido era a falta de educação e de respeito para com o direito do próximo, o que é um dever de todos nós, e que a mudança deveria começar naquele momento, fiz um merchandising do texto anterior, que esta na postagem logo abaixo desta e que trata de tema similar.

Retornei para casa depois da conversa pensando no assunto e tentando avisar mais motoristas que aquele lugar não era para eles (a situação da ida não mudou muito na volta), decidi que a partir de agora, aqui nesse nosso espaço de conversa, vou passar a contar também coisas como as dessa manhã. Quem sabe alguém que passou de carro, moto (teve um ônibus também), leia esse texto e não repita o ato novamente, se uma pessoa que seja mude, se conscientize, vai ter valido a pena escrever este texto.

Iago Sarinho

Para começar o dia, Zeca Baleiro - Boi de Haxixe

 

2 comentários:

  1. Nesta situação é importante ligar para a Stranss, agora com a denominação de Gemol e denunciar. Se o horário é dos pedestres é assim que tem de ser.

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  2. Respeitar o próximo virou raridade infelizmente.

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